Rádio Reativa

quinta-feira, 25 de abril de 2024

Fatos e curiosidades sobre 1º de maio que você precisa conhecer!

O Dia do Trabalho ou Dia do Trabalhador, é celebrado oficialmente no Brasil desde 1925, quando o então presidente, Artur Bernardes, instituiu, por meio de um decreto, 1º de maio como feriado nacional. Há 96 anos, a luta dos trabalhadores é reconhecida no território nacional.

A data costuma ser celebrada com protestos, manifestações, shows, palestras e confraternizações, mas em tempo de pandemia, as lutas e comemorações tornam-se virtuais. É dentro de casa com as redes sociais e a internet, que a classe trabalhadora mostra sua força e união. No momento em que vivemos, é indispensável ter cuidado e ressaltar o papel crucial dos trabalhadores na linha de frente de combate a Covid-19. 

Nesse dia carregado de história, luta e resistência, a Cresol preparou uma lista de fatos e curiosidades importantes que você precisa conhecer. Confira!

1. A data surgiu para homenagear a luta de trabalhadores por melhores condições de trabalho

No dia 1º de maio de 1886, trabalhadores de Chicago (EUA) organizaram uma greve geral. Dentre as reivindicações estava a redução da jornada diária de trabalho de 13h para 8h. O ato, conhecido como Revolta de Haymarket, paralisou os Estados Unidos e ficou marcado pelas passeatas e violência. Centenas de manifestantes e policiais foram mortos nos confrontos e dezenas de pessoas ficaram feridas. O Dia do Trabalho foi oficializado em 1889 no Congresso Socialista, em Paris, em referência à tragédia de Chicago e à luta por melhores condições de trabalho. 

2. Nem todo mundo comemora a data em 1ºde maio

Conhecido como Labour Day, o Dia do Trabalho nos Estados Unidos não é comemorado em 1º de maio. A data cai sempre na primeira segunda-feira do mês de setembro. Na Austrália, a data varia de acordo com os Estados e territórios. O feriado é celebrado nos meses de março, maio e outubro.

3. No Brasil, Getúlio Vargas ressignificou o Dia do Trabalho/Trabalhador

Em 1940, o presidente Getúlio Vargas utilizou o dia 1° de maio para anunciar um novo salário mínimo. No ano seguinte, foi anunciada a criação da Justiça do Trabalho no Brasil. Em  decorrência da forte propaganda trabalhista de Vargas, o feriado tornou-se uma data festiva e não mais de luto pelo sacrifício dos trabalhadores americanos.

4. Governantes acreditavam que era uma contradição não trabalhar no Dia do Trabalho/Trabalhador

Por 55 anos, a Bahia não comemorou o feriado de 1º de maio, pelo menos, não do jeito que se celebra hoje. O fato é que os governadores acreditavam ser uma enorme contradição conceder folga justamente no Dia do Trabalho/Trabalhador.

5. A luta pelos direitos trabalhistas continua

Segundo o relatório ITUC Global Rights Index (2019), produzido pela International Trade Union Confederation, diversos países ainda têm condições de trabalho precárias, faltam processos legais, criminalizam greves trabalhistas e penalizam quem se atreve a cruzar os braços por melhores condições de trabalho. 

Pela primeira vez na história, o Brasil está na lista dos 10 piores países do mundo para os trabalhadores. De acordo com a organização do relatório, isso se deve à adoção de leis retrógradas, ameaças a líderes sindicais e repressão violenta a manifestações e greves. 

Que neste 1º de maio, possamos lembrar que cada um dos direitos trabalhistas em vigor, foi conquistado com muita garra, determinação e união. Mesmo diante dos novos desafios, a luta dos trabalhadores não há de cessar!

Fonte: https://blog.cresol.com.br/fatos-e-curiosidades-sobre-1-de-maio/

quarta-feira, 10 de abril de 2024

História de Palhoça

 

História

No ano de 1651, Dias Velhos chegou  a Ilha de Santa Catarina, denominando-a de Desterro. Em 1771, portugueses de São Vicente (São Paulo) fundaram Lages. Nesse período houve a necessidade de ligação entre as duas localidades, resultando na abertura de uma estrada que ligava Desterro a Lages.
Poucos anos depois, em 1777, a Ilha de Santa Catarina foi invadida por espanhóis. Em decorrência da invasão, o governo decidiu construir duas povoações defronte a capital, na terra firme, como era chamado o continente. O objetivo principal dessas povoações era dar guarita aos desterrenses, além de servir de escudo militar à Ilha no caso de novas invasões. O governo decidiu ainda, povoar o sertão as margens do caminho que ligava a Ilha a Lages.
Da necessidade de criar um refúgio no continente caso houvesse novos ataques a Ilha de Santa Catarina, fez com que em 31 de julho de 1793, o Governador Cel. João Alberto de Miranda Ribeiro enviasse oficio n. 07 ao Conde Rezende, vice-rei do Brasil. No oficio, o governador incumbe a Caetano Silveira de Matos a construir palhoças para guardar farinha na estrada que ia para Lages. Nesta data, deu-se a fundação do povoado.
No inicio, as tropas de gado que abasteciam a Ilha desciam a estrada de Lages até o Morro do Tomé e de lá vinham margeando a praia até a desembocadura do rio Maruim, onde parte ia para freguesia de São José e parte atravessava o canal até a localidade de Ribeirão da Ilha.
As tropas margeavam a praia, pois tinham grandes dificuldades para atravessar um trecho de mangue e pântano, hoje parte da rua principal de Palhoça. Além, de não quererem pagar o pedágio estabelecido por São José, no caminho que passava pela localidade de Passa Vinte.
Com o aumento da demanda de alimentos provenientes do continente e a movimentação das tropas, foi construída uma estrada atravessando o pântano. Com o aumento da povoação, após a construção da estrada, a população deslocou-se mais para o sul, estabelecendo-se o centro definitivo de Palhoça, onde é hoje.
Palhoça pertencia a Florianópolis até 1833, quando então passou a pertencer a São José, quando este foi criado.
A primeira igreja de Palhoça foi construída em 1868, mais tarde passou a chamar-se de Nossa Senhora do Parto.
No final do ano do mesmo ano, inicia a construção da Igreja Matriz, com vistas à criação da freguesia. A Matriz se deu por concluída em 1883, sem ainda as torres laterais. Embora houvesse sido construída, não foi logo provida de vigário. A paróquia foi simplesmente criada novamente em 03 de maio de 1901, pela Cúria Diocesana de Florianópolis.
No ano de 1873, Palhoça foi elevada a condição de Distrito Policial. Desde sua fundação, até este período, Palhoça continuou como arraial, sendo esquecida política e administrativamente, apesar do aumento de seus habitantes e do desenvolvimento da economia.
Os primeiros colonizadores a chegarem em Palhoça foram os portugueses, que se estabeleceram na Enseada de Brito e de lá se espalharam pelas redondezas. Após vieram os açorianos e madeirenses, chegando as primeiras famílias na Ilha de Santa Catarina em fevereiro de 1747. O povoamento açoriano-madeirense tem sua origem no edital que D. João V mandou publicar em 1747. O objetivo de D. João V em enviar casais açorianos e madeirenses, era povoar as terras brasileiras e resolver o problema de excesso de população nos arquipélagos dos Açores e Madeira.
Por volta de 1824, iniciou-se a imigração alemã para o Brasil em Santa Izabel, que mais tarde viria a pertencer ao município de Palhoça. As principais causas da imigração alemã na região foram o excesso de população na Alemanha, as guerras constantes e, a propaganda brasileira atraindo colonos com promessa de doação de terras.
Palhoça tem sua formação étnica também de origem italiana. A imigração destes para o Brasil iniciou-se por volta de 1790. Além dos portugueses, alemães e italianos, outras raças contribuíram também para formação étnica do povo palhocense, entre elas negros, libaneses, gregos, japoneses, índios.
O nome do município originou-se de casas construídas de pau-a-pique, com cobertura de palha, denominada palhoça, na localidade da atual região sul do bairro da Ponte do Imaruim. Posteriormente outras construções de pescadores localizaram-se ao redor deste núcleo, com as mesmas características.

Formação Administrativa

Freguesia criada com a denominação de Senhor Bom Jesus de Nazaré da Palhoça, pela Lei Provincial n.º 949, de 08-11-1882, subordinado ao município de São José.
Distrito criado com a denominação de Senhor Bom Jesus de Nazaré da Palhoça, por Lei Provincial n.º 1.141, de 28-09-1886, subordinado ao município de São José.
Elevado à categoria de Vila com a denominação de Palhoça, por Decreto Estadual n.º 184, de 24-04-1894, desmembrado de São José, sede na vila de Palhoça. Constituído de 4 distritos: Palhoça, Enseada de Brito, Santo Amaro do Cubatão e Teresópolis. Instalado em 27-04-1894.
Pela Lei Municipal n.º 8, de 22-09-1902, é criado o distrito de Santa Izabel e anexado ao município de Palhoça.
Pela Lei Municipal n.º 9, de 22-09-1902, é criado o distrito de santa Tereza e anexado ao município de Palhoça.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 6 distritos: Palhoça, Enseada do Brito, Santo Amaro do Cubatão, Teresópolis, Santa Izabel e Santa Tereza.
Pela Lei Municipal n.º 251, de 29-03-1917, é criado o distrito de Núcleo Anitápolis e anexado ao município de Palhoça.
Pela Lei Municipal n.º 271, de 23-11-1917, é criado o distrito de São Bonifácio do Capivari e anexado ao município de Palhoça.
Elevado à condição de cidade, por Lei Estadual n.º 1.245, de 22-08-1919.
No quadro de apuração do Recenseamento Geral de 1-IX-1920, o município de Palhoça, é constituído de 8 distritos: Palhoça, Santo Amparo do Cubatão, Enseada do Brito, Teresópolis, São Bonifácio do Capivari, Santa Isabel, Núcleo Anitápolis, e Santa Teresa.
Pela Lei Estadual n.º 1.048, de 04-10-1922, desmembra do município de Palhoça o distrito de Santa Tereza para formar o novo município de Bom Retiro.
Pelo Decreto Estadual n.º 25, de 11-12-1930, o município de Garopaba é extinto, sendo seu território e o distrito de Paulo Lopes anexado ao município de Palhoça.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 9 distritos: Palhoça, Santo Amaro do Cubatão, Enseada do Brito, Teresópolis, São Bonifácio do Capivari, Santa Isabel, Anitápolis (ex-núcleo Anitápolis), Garopaba e Paulo Lopes.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 31-XII-1937 e de 31-XII-1938.
Pelo Decreto Estadual n.º 238, de 01-12-1938, o distrito de Santa Isabel passou a denominar-se Rancho Queimado.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 9 distritos: Palhoça, Anitápolis, Enseada do Brito, Garopaba, Paulo Lopes, Rancho Queimado, Santo Amaro (ex-Santo Amaro do Cubatão), São Bonifácio do Capivari e Teresópolis.
Pelo Decreto-lei n.º 941, de 31-12-1943, desmembra do município de Palhoça o distrito de Rancho Queimado para formar o novo município de São José. Sob o mesmo decreto acima citado o distrito de Santo Amaro passou denominar-se Cambirela e o distrito de Teresópolis a denominar-se Queçaba.
No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município constituído de 8 distritos: Palhoça, Anitápolis, Cambirela, Enseada do Brito, Garopaba, Paulo Lopes, Queçaba e São Bonifácio.
Pela Lei Estadual n.º 247, de 30-12-1948, o distrito de Cambirela passou denominar-se Santo Amaro da Imperatriz.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 8 distritos: Palhoça, Anitápolis, Enseada do Brito, Garopaba, Paulo Lopes, Queçaba, Santo Amparo da Imperatriz (ex-Cambirela) e São Bonifácio.
Pela Lei Estadual n.º 344, de 06-06-1958, desmembra do município de Palhoça os distritos de Santo Amaro da Imperatriz, Anitápolis e Queçaba para formar o novo município de Santo Amaro da Imperatriz.
Em divisão territorial datada de I-VII-1960, o município é constituído de 5 distritos: Palhoça, Enseada do Brito, Garopaba, Paulo Lopes e São Bonifácio.
Pela Lei Estadual n.º 79, de 19-12-1961, desmembra os município de Palhoça o distrito Paulo Lopes. Elevado à categoria de município.
Pela Lei Estadual n.º 795 de 19-12-1961, desmembra do município de Palhoça o distrito Garopaba. Elevado à categoria de município.
Pela Lei Estadual n.º 840, de 23-08-1962, desmembrado município de Palhoça o distrito de São Bonifácio. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 2 distritos: Palhoça e Enseada do Brito.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 14-V-2003.

Fonte

Palhoça (SC). Prefeitura. 2013. Disponível em: http://www.palhoca.sc.gov.br. Acesso em: abr. 2013.

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